ESPECIALIDADE
Câncer de Testículo

O câncer de testículo é um tumor maligno mais comum em homens jovens, geralmente entre 15 e 35 anos. Apesar de ser um câncer relativamente raro, sua incidência tem aumentado nas últimas décadas. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são diagnosticados cerca de 1.200 novos casos por ano no Brasil. A boa notícia é que, quando detectado precocemente, o câncer de testículo tem uma taxa de cura superior a 95%.
Diagnóstico: Exame Clínico e Exames de Imagem
O diagnóstico do câncer de testículo é clínico e baseado na avaliação médica. Os principais sinais de alerta incluem:
- Nódulo endurecido ou aumento do volume testicular, geralmente indolor.
- Sensação de peso no escroto.
- Assimetria entre os testículos, sem causa aparente.
Os exames de imagem são fundamentais para a investigação, sendo a ultrassonografia escrotal o principal método para avaliar inicialmente o tumor. Nos casos duvidosos, a ressonância magnética também pode ser utilizada.
Além disso, marcadores tumorais no sangue podem estar elevados em alguns casos, ajudando no diagnóstico e sendo fundamentais no acompanhamento do tratamento. Os principais marcadores são:
- Alfa-fetoproteína (AFP)
- Beta-hCG (gonadotrofina coriônica humana)
- LDH (lactato desidrogenase)
Biópsia não é indicada
Diferente de outros tipos de câncer, a biópsia testicular não é recomendada, pois pode aumentar o risco de disseminação da doença. Assim, caso haja suspeita de câncer de testículo, a conduta é a remoção cirúrgica do testículo (orquiectomia radical) para confirmação diagnóstica e tratamento inicial.
Tratamento: Cirurgia e Estadiamento
O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, e a cirurgia (orquiectomia radical) é o primeiro passo. Esse procedimento tem dupla função:
- Confirmar o diagnóstico e definir o subtipo do tumor.
- Realizar o estadiamento, processo fundamental na investigação se haverá necessidade de tratamentos complementares, como quimioterapia ou radioterapia.
Após a cirurgia, o estadiamento é complementado com exames de imagem, como tomografia computadorizada de tórax, abdome e pelve, para avaliar se há disseminação da doença.
Complementação do Tratamento
Dependendo do estágio do tumor e da presença de metástases, pode ser necessária quimioterapia ou radioterapia, principalmente nos casos mais avançados. Nos tumores restritos ao testículo, a cirurgia pode ser suficiente para a cura.
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